30 de agosto de 2013

A CARTA DE CAMINHA

QUAL A PERSONALIDADE LITERÁRIA QUE MAIS SE DESTACA NO QUINHENTISMO BRASILEIRO?



Para responder a esta indagação, Considere o conceito: “Literatura é a arte de escrever usando estética, o belo e a imaginação” (Cássia Rúbia/Quitéria Isabel, 5º p. Letras/2001.1) e o seguinte fragmento da Carta do Achamento do Brasil (Pero Vaz de Caminha):” ... Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, ...Traz ao longo do mar em algumas partes grandes barreiras, umas vermelhas, e outras brancas; e a terra de cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo Sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande; porque a estender olhos, não podíamos ver senão terra e arvoredos – terra que nos parecia muito extensa.”

16 de agosto de 2013

REGINALDO LANÇA LIVRO EM PALMARES

Reginaldo José de Oliveira, em noite de autógrafo, no Restaurante Bon Appètit, em Palmares (16.8.13)


Coronel Reginaldo, Admmauro Gommes e universitários de Letras da FAMASUL, durante o lançamento do livro SABEDORIA OU MEDIOCRIDADE? (16.8.13)








Sabedoria ou mediocridade? - Diálogos no Reino Encantado das Águias, de Reginaldo José de Oliveira, é um livro fascinante. Ele começa falando das coisas simples que nos rodeiam, sobre a vida singular no campo, como mera estratégia para adentrar em temas mais profundos e inevitáveis que envolvem o humano nas diferentes esferas da vida. No lastro dos embates, estão a busca pelos relacionamentos saudáveis e novas motivações, enfim, a vida plena em meio ao caos da expectativa frustrada de se criar novas utopias, necessárias ao reencanto do ser. - Admmauro Gommes



O Prefeito de Palmares, Prof. João Bezerra, e Reginaldo Oliveira

Marcondes Calazans, Vital Corrêa e Admmauro Gommes

Admmauro Gommes, José Rodrigues e Ricardo Guerra


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8 de agosto de 2013

O QUE É POESIA?



O QUE PENSAS E SENTES, ISSO AINDA NÃO É POESIA
Admmauro Gommes

ANTES que alguém pense que estou inventando moda, confesso que a frase que intitula este comentário, não é minha. É de Carlos Drummond de Andrade, retirada de um poema (Procura da Poesia), publicado em 1945. Depois que o escritor mineiro adverte sobre as armadilhas que envolvem a criação poética, indicando que não se deve fazer versos sobre acontecimentos, definitivamente, aponta o caminho: “Penetra surdamente no reino das palavras.” De outro modo, é o mesmo que disse Manoel de Barros: “a radiância de um verso (...) vem das radiâncias letrais.” Ou seja, do confronto da palavra pela palavra com a palavra. Assim, “o que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.”
Deste modo, não há garantia em escrever um poema e que ele obrigatoriamente tenha poesia. Para Octávio Paz, poeta e crítico mexicano “nem todo poema - ou, para sermos exatos, nem toda obra construída sob as leis da métrica - contém poesia.” E fuzila Paz: “Há máquinas de rimar, mas não de poetizar (O arco e a lira). Daí, surge a diferença entre quem tem sentimento e “coloca” as ideias no papel e um artista que, valendo-se da linguagem figurada, cria situações inusitadas com uma carga poética explícita, para trazermos à luz o pensamento de Ezra Pound, que “grande literatura é a palavra carregada de significados até o último grau possível.” Mais do que isso, só em Vital Corrêa de Araújo.
A poesia, para Vital, insurge das “radiâncias letrais” e da loucura das palavras. Enigmática por natureza, ela tem em sua essência o que somente se adentra pelos sentidos, em uma completa sinestesia. As imagens inventadas asseguram ao criador a autenticidade de poetar. É o que se vê nos versos vitalinos: “Clemente elemento/pássaro consome/ água ilude/do mamilo da nuvem/seios pesados/latejam com relâmpagos (do livro Borges e Eugénio, p. 82). As radiâncias inusitadas podem ser conferidas pelo título deste poema “Elemento tempo,” apenas nas expressões pássaro/nuvem/relâmpagos como coisas que passam, breve referência temporal e nada mais. Sugerir é mais importante ao poeta que tudo dizer. Quem tudo explica, finda a tarefa e o artista não pretende encerrar nenhum tema, mas antes provocar uma eterna discussão acerca da arte e do enigma. Portanto, para não nos afastarmos muito de Drummond, quando reconhece que “Cada (palavra) tem mil faces secretas sob a face neutra” não vamos tentar compreender as mil faces de uma palavra. Aliás, para um bom entendedor... Ora, isso não se aplica à poesia.
Poesia é pantera indomável, fluxo e refluxo do ser. Algo intangível que somente pela percepção se destaca. Jamais poesia será presa em uma gaiola, como um pássaro aprisionado dentro de um soneto.


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