29 de outubro de 2016

DICAS SOBRE O ENEM


Esteja bem informado
A redação do Enem é sempre estruturada de forma a produzir um texto dissertativo-argumentativo sobre um tema, proposto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educaionais (Inep), ligado à atualidade. Por conta disso, procure estar atualizado com o conteúdo dos grandes veículos de imprensa, em especial, as discussões sociais e políticas do momento, no Brasil e no mundo.

Lembre-se das competências
Na hora de entrar para fazer a prova, é importante que o candidato ou a candidata tenha, fresca na memória, a estrutura básica de um texto dissertativo-argumentativo. Mas quem quiser ter certeza de estar pensando em tudo, deve também tentar decorar os critérios dos avaliadores, para se assegurar que não há distanciamento entre o que eles esperam de você e o que seu texto entrega:

Domínio da norma padrão da língua escrita.
Compreensão da proposta.
Capacidade de organizar e relacionar informações.
Construção da argumentação.
Elaborar proposta de intervenção ao problema exposto.

Não se preocupe apenas com a ortografia
O cuidado com a ortografia é sempre muito importante (evite repetições, revise sua escrita e tome cuidado com o que colocar no papel, final, o exame todo deve ser respondido à caneta preta), mas não é o único detalhe que pode custar pontos na hora da escrita. Para se garantir no domínio da língua escrita é imprescindível demonstrar:

Domínio da pontuação (variedade de pontuação bem empregada).
Riqueza de vocabulário.
Tom formal, fugindo dos recursos da oralidade.
Uso de termos específicos para a temática.
Domínio das relações sintáticas, unindo orações de forma a fazer sentido e construir um pensamento mais complexo, enfático.
Uso correto dos pronomes relativos, como que, do qual, da qual, à qual, a quem etc.
Respeito às normas de regência verbal e nominal, atentando-se ao emprego da crase, por exemplo.

Não fuja ao tema proposto
Todo ano, um tema referente à atualidade é eleito como central à redação do Enem. É a partir dele que os inscritos no exame devem desenvolver um pensamento argumentativo e, para que isso seja feito com sucesso, é extremamente importante que não se perca o foco em relação à proposta original. Para isso:

Seja direto: não enrole para abordar o tema, pois isso facilita o desvio da discussão.
Empregue conhecimentos de outras áreas que sejam pertinentes à proposta de redação.
Demonstre sua opinião pessoal sobre o assunto, apoiando-a em fatos atuais ou referências teóricas como grandes pensadores ou até produções culturais de relevância.
Sintetize o que foi elaborado em uma proposta de solução voltada à problemática central do tema abordado. Seja claro e conciso.

Faça uma boa introdução
O cartão de visitas do seu texto tem de ter de tudo um pouco: apresentar o contexto do tema, oferecer uma visão geral do que será abordado no texto e mostrar sua relevância e atualidade por meio da citação de casos recentes.
Além disso, ele deve interessar o leitor na sua redação. Uma boa ferramenta para isso pode ser destacar a questão central à problemática do tema abordado já no primeiro parágrafo, inserindo nele uma pergunta a ser respondida pelo texto.

Faça com que seu texto chame a atenção do avaliador
Cada avaliador do Enem corrige, em média, 74 redações por dia. Isso faz com que ele desprenda aproximadamente 6 minutos para cada texto, o que pode fazer a diferença se sua redação tiver aquele "algo a mais". Mas como consegui-lo?

Siga ao máximo o padrão e estilo do texto dissertativo-argumentativo. Não é hora de inventar moda, afinal, a maior parte dos avaliadores deve valorizar uma conformidade com modelos.
Evite ao máximo erros gramaticais graves (e tente revisar para evitar aqueles deslizes de caligrafia também).
Faça com que seu texto chame atenção de alguma forma. Avaliado entre outras 74, sua redação pode ser aquela que conquista realmente o avaliador, caso tenha um diferencial característico.

Textos de apoio: eles podem te salvar
Acredite: eles não servem só para te dar alguns argumentos de última hora. Os textos de apoio, além de servirem como inspiração, são como guias para a perspectiva de reflexão esperada pelos avaliadores. Por meio de uma boa interpretação deles, é possível inferir de onde deve partir uma argumentação e como ela deve ser sustentada pelo inscrito.


Fonte:


27 de outubro de 2016

VITAL CORRÊA - O POETA DE ALMA SECA

  Por Amanda Caroline

Amanda Caroline Freitas de Araújo
Letras – 1° Período
                                                      











         “Quanto mais fácil o texto, menos o cérebro trabalha.” É isto que afirma Vital Corrêa de Araújo, quando questionado a respeito de seus poemas enigmáticos. Típicos poemas absolutos. Para Vital, quanto mais simples o texto, mais retardatária a mente tende a se tornar. É como um poço que, para dele se extrair água, é preciso cavar. Ele se autoclassificou como o poeta de alma seca, em debate sobre a Poesia Absoluta, realizado em 20 de setembro de 2016, na FAMASUL (Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul). Vital declara que a emoção prejudica a poesia:
“A poesia é a liberdade absoluta do ser humano.” Parafraseando Admmauro Gommes, é como escrever na areia da praia. A partir de uma máxima como esta, pode-se tentar, pelo menos, imaginar uma infinidade de possíveis explicações para uma mesma afirmativa.
A maioria dos poemas prosaicos são versificados, regidos por regras. Por isso, há necessidade da Poesia Absoluta, em nossa literatura. A P.A. precisa quebrar as portas do futuro, cinza que nos espera. Ao nos depararmos com um poema prosaico versificado, VCA nos aconselha a desconfiarmos, mas enquanto não estivermos entendendo o que ele quer dizer, que continuemos a lê-lo. Tanto afirma, que em seu livro Prosa: Futuro Arcaico é possível encontrar vários fragmentos onde se declaram que poema não diz nada: “Todo poema é indizível, é do âmbito do indito.” (Flutuação da Significação Poética), “A poesia situa-se no reino no indizível, serve para indizer, é da ordem do indito.” (Iguaria Para Neurônios), “... o âmbito do dizer é da prosa, o indizível, da poesia.” (A Palavra Poética).
Na visão vitalina, a poesia não pode ser contaminada pela prosa, nunca. O poeta da metáfora (como o descreve Sébastien Joachim), diz que a P.A. é a prosa complexa do futuro, o passado depois de filtrado pode até trazer muitas lições, mas você não deve se voltar para ele. O ser não está no é, está no vir.
Crítico e antenado, no livro Prosa: Futuro Arcaico, VCA faz diversas ressalvas sobre o excesso do capitalismo. De forma explícita: “Um escritor vendido pela mídia cultural (de massa) como objeto. E é assim que se realizam.” (Vocação Absoluta). E implícita: “... verdades ilógicas, mas verdadeiras, realidades não lucrativas e máscaras sem valor de troca (ou uso) são possíveis na poesia.” (Papel Leitor ou Poesia e Sentimento). Onde ratifica inconformado “A educação não pode gerar lucros.”  
Para o filósofo e professor Reginaldo Oliveira, a filosofia ajudou Vital, que sempre se interessou pelos filósofos modernos de difícil compreensão: “Essa Poesia Absoluta é coisa de doido.”, afirma de forma descontraída. Em contraponto, Vital justifica: “Para libertar a alma é preciso antes quebrar as barreiras da mente, libertá-la das coisas que atrasam é desbloquear a criatividade humana.”
Quem conhece a poética de Vital sabe que ele escreve para total desgaste e intriga do leitor. Seus poemas são de difícil compreensão, sem nexo ou verbos de ligação e acabam causando uma bagunça na mente de qualquer pessoa, despertando uma curiosa vontade de compreendê-lo. Vontade essa que não tem sucesso. Não obstante, quem tem o prazer de conversar com ele, sabe que VCA não escreve a poesia absoluta, Vital mastiga, come e vive-a.
  
A Gommes, Prof. Reginaldo Oliveira e VCA

8 de outubro de 2016

NORDESTINO É CABRA MACHO

CARO ADMMAURO
Busco a partir deste instigar vossa senhoria à seguinte reflexão:
Como é ser um Nordestino "cabra macho" em pleno 2016??
Época em que são cultuados tantos diferentes gêneros e em concomitante um tempo onde ainda há tanta discriminação.
Como o Nordestino "cabra macho" se vê dentro de toda essa confusão?
                                                                   Um abraço, Tarek Farah

Resposta de Admmauro Gommes


Nordestino é cabra macho
Mas muito respeitador
Vê o mundo evoluindo
De modo assustador
Casamento diferente
Da época de seu avô.

Mas, o que pode fazer
Se a mudança é geral?
Tanto muda para o bem
Quanto muda para o mal.
Eu só sei que todo mundo
Tem seu direito igual.

Só não pode acontecer
O maltrato sem razão
Discriminar a pessoa
Por causa da opção
Isso é crime pesado
A tal discriminação.

De resto, nada a dizer
Procuro fazer o bem
Eu nunca fui obrigado
Seguir os passos de alguém
Quem não quer ser maltratado
Não discrimine ninguém.


7 de outubro de 2016

EU QUERIA VER DE NOVO AQUILO QUE NUNCA VI

                       

POEMA PREPARADO PARA PEDRO (PROJETEC)       
Admmauro Gommes 













Déjà vu é como ver
O que não aconteceu
Que ainda não ocorreu
Difícil de entender
Antes de acontecer
Num mundo que não vivi
Eu lembro que eu sorri
E ao sentir me comovo
Eu queria ver de novo
Aquilo que nunca vi.

Há coisa no calendário
Que quero ver outra vez
O fim de tudo e o mês
Rever o meu centenário
Mudar todo itinerário
E negar que não morri
Como carta que já li
Escrever para meu povo
Eu queria ver de novo
Aquilo que nunca vi.

Este poema que agora
Eu acabo de inventar
Nunca o vi declamar
Em um tempo de outrora
É antigo, muito embora
Só hoje compreendi
Que a ave eu conheci
Antes de nascer do ovo
Eu estou vendo de novo
Aquilo que nunca vi.



Déjà vu, pronuncia-se Déjà vi, é um termo da língua francesa, que significa “já visto”. Déjà vu é uma reação psicológica que faz com que o cérebro transmita para o indivíduo que ele já esteve naquele lugar, sem jamais ter ido, ou que conhece alguém, mas que nunca o viu antes